Psicanálise

Teorias básicas da Psicanálise

O que é a Psicanálise: Psicanálise é o estudo do comportamento/ personalidade do ser humano em sua vida psíquica. Foi desenvolvida por Freud enquanto ele estudava o ser humano.

Ele identificou que certos problemas do ser humano deveriam ser tratados de maneira diferente, ou seja, deveria ser tratado do aparelho psíquico do ser humano ao invés de tratar o físico, o que por sua vez era inútil.

Breuer médico que trabalho junto com Freud chamou de método catártico o tratamento que possibilita trazer o trauma à consciência para que haja a liberação de afetos e emoções ligados a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião de suas vivências. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas e à cura.

Para entendermos melhor, precisamos entender o que é o Aparelho Psíquico, Freud desenvolveu o Aparelho Psíquico da seguinte maneira:

• O inconsciente que é o que se refere aos elementos instintivos que não são acessíveis à consciência.

• O pré-consciente refere-se aos elementos acessíveis à consciência, embora não esteja em um determinado momento.

• O Consciente: É a parte da mente humana a que é possível chegar através da introspecção, ou seja, através da observação do que se passa no interior da nossa mente, dos fenómenos psíquicos que acontecem na nossa consciência.

Porém isso foi substituído, pelo: Id, Ego e Superego, que são chamados sistemas de personalide.

• O Id é a parte mais primitiva e menos acessível à personalidade. Incluem os instintos sexuais e agressivos. O id busca a satisfação imediata, sem considerar a realidade; age conforme Freud denominou como princípio do prazer.

• O superego abrange os preceitos morais e éticos, bem como os ideais. A principal função do superego é procurar através do ego controlar o id. O superego aspira à perfeição e tende a reprimir de forma severa as infrações à moralidade.

• O ego consiste naquelas funções ligadas às relações do indivíduo com seu ambiente. A principal função é compreender as percepções sensoriais do meio externo e procurar satisfazer as exigências morais do superego. O ego é regido pelo Princípio da Realidade.

Consideramos então que, a teoria da personalidade é caracterizada por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica.

O método de Investigação busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras, ou pelas produções imaginárias, como sonhos e delírios.

E a prática Profissional é atuação clínica por meio da análise que busca o autoconhecimento.

Quando Freud desenvolveu a Psicanálise, ele introduziu o conceito de Complexo de Édipo, ele baseou-se numa tragédia da mitologia grega de Sófocles (Século V a. C.). Na tragédia grega, Laio e Jocasta tiveram um filho, Édipo. Este mata o pai para ficar com a mãe, terminando com o suicídio de Jocasta e a automutilação de Édipo.

O Complexo de Édipo é fundamental e essencial no desenvolvimento infantil. O que acontece entre os três e cinco anos quando o menino se apaixona pela sua mãe, em um amor fraternal e acaba sentindo ciúmes do pai com a mãe, porém ao mesmo tempo ele se sente culpado e começa dar atenção exagerada ao seu pai para mostrar que o ama.

Mecanismos de Defesa

Os mecanismos de defesa foram criados como soluções para aliviarem e defenderem o Ego das tensões do Id e do Superego. Quando os mecanismos conseguem controlar as tensões, nenhum sintoma se desenvolve. Mas se falham em eliminar as tensões e se o material reprimido retorna à consciência, o Ego é forçado a multiplicar e intensificar seu esforço defensivo e exagerar o seu uso. É nestes casos que a loucura, os sintomas neuróticos, é formada.

São diversos os mecanismos de defesa, mas falaremos de alguns dos mais importantes.

1. Repressão: "é um dos mais comuns mecanismos de defesa do Ego. Comporta-se como um vigilante moral (no inconsciente)". Ou seja, ele retira dos indivíduos afetos os desejos que perturbam a consciência do individuo.

2. Projeção: "consiste em atribuir a outra pessoa um desejo próprio, ou atribuir ao outro algo que justifique a própria ação". Ou seja, atitudes, pensamentos que um individuo tem, mas ele atribui a outro individuo, ou até mesmo se compara a outro para justificar sua atitude.

3. Regressão: “é o retorno a etapas anteriores de seu desenvolvimento, às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante”. Ou seja, o individuo volta ter uma atitude semelhante a etapa anteriores de sua vida, por algum conflito que surge durante seu desenvolvimento.

4. Racionalização: “é um dos mais comuns mecanismos, planejados para manter o respeito próprio e evitar o sentimento de culpa.” Ou seja, há um motivo e uma explicação para determinados momentos, atitudes, pensamentos e etc.

5. Atos falhos: “refere-se a uma "traição da memória", como troca de nomes, palavras, datas, etc. Podem indicar situações mal resolvidas que estão guardadas no inconsciente. Exemplo: Um rapaz que as vezes chama sua atual namorada pelo nome da ex.

6. Formação Reativa: “consiste em ostentar um procedimento e externar sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, quando estes são inconfessáveis.” Ou seja, quando o individuo pensa de uma maneira e reage de outra maneira.

7. Negação: “quando ocorre algo que nos incomoda profundamente, há a tendência a não aceitar esse ocorrido ou lembrá-lo de modo incorreto. É uma recusa consciente para perceber fatos desagradáveis”.

8. Recalque: “existe a supressão (eliminação) de uma parte da realidade.” Ou seja, exclusão de ideias, sentimentos que o individuo nem sempre quer admitir, mas continuam a fazer parte da vida.

9. Identificação: “é reconhecer-se igual aos outros”. Ou seja, o individuo pode aumentar ou diminuir a angustia se identificando com outras pessoas ou grupos.